Michel Laub

Categoria: Cinema

Fim de semana

Um filme – Turn Every Page, Lizzie Gottlieb

Uma série que é melhor não ver – Voo 37: o Avião que Desapareceu.

Uma peça – Pagu, Martha Nowill.

Um texto na Piauí – Olavo Amaral sobre Inteligência Artificial.

Outro – João Batista Jr sobre chemsex.

Fim de semana

Um ensaio – Olga Tokarczuk sobre narradores sensíveis (em Escrever é Muito Perigoso, Todavia, 264 págs.).

Outro – Juliana Cunha sobre perigos da leitura (aqui).

Um terceiro – Stephen Marche sobre escritores e fracasso (aqui)

Um curso – José Miguel Wisnik sobre contos morais.

Um filme simpático – The Man who Saved the Game, Austin e Meredith Bragg.

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Fim de semana

Um filme – All the Beauty and the bloodshed, Laura Poitras.

Um podcast – Rio Memórias.

Um livro de fotografia – Atlas, Gerhard Richter (dap, 862 págs.).

Um livro de contos – Filho de Jesus, Denis Johnson (Todavia, 112 págs.).

Um texto – Daniel Galera sobre Denis Johnson e reconciliação (aqui).

Fim de semana

Uma exposição – Marc Chagall, CCBB.

Um disco – This is Why, Paramore.

Um filme ruim – A Baleia, Darren Aronofsky.

Um artigo – O NYT, a aids e a transfobia (aqui).

Um livro – Poder Camuflado, Fabio Victor (Companhia das Letras, 446 págs.).

Fim de semana

Um livro – Latim em Pó, Caetano Galindo (Companhia das Letras, 232 págs.).

Um disco – Língua Brasileira, Tom Zé.

Uma entrevista meio velha-guarda – Salman Rushdie na NY Radio Hour.

Uma série meio histérica – The Bear.

Um filme – A Ilha de Bergman, Mia Hansen-Løve

Fim de semana

Um livro – O Peso e a Graça, Simone Weil (Chão de Feira, 224 págs.).

Outro – El Polaco, J.M. Coetzee (El Hilo de Ariadna, 144 págs.).

Um texto – Ricardo Balthazar sobre Janio de Freitas na Piauí.

Um filme – Tár, Todd Field.

Um depoimento – João Barone para Bruna Paulin no História do Disco.

Fim de semana

Um filme – The Banshees of Inisherin, Martin McDonagh.

Um filme com momentos – Ruído Branco, Noah Baumbach.

Um podcast – Revolução iraniana no História FM.

Outro – Gloria Maria no Mano a Mano.

Uma série – Extremistas.br.

Mundos que acabam

“Nós somos jovens e orgulhosos”, escreve o crítico Jason Farago, do New York Times, imaginando o que dizem personagens de uma fotografia de 2001 do alemão Wolfgang Tillmans. Nela há homens gays à porta de um galpão transformado em clube noturno, esperando para viver o que era comum na Berlim do período pós-queda do Muro, pré-11 de Setembro e crise de 2008: “Não há mais controle de fronteiras (…). Nós estamos prontos para dançar e fazer outras coisas no escuro. A festa segue depois do amanhecer, e parece que pode durar para sempre.”

Tillmans acaba de ganhar uma retrospectiva no Moma, To Look Without Fear. É uma homenagem que aponta para o futuro, valorizando ainda mais um artista fundamental da vida urbana europeia das últimas décadas, mas também fala de um mundo que acabou: pessoas que se foram, tecnologias obsoletas, otimismo superado. Como escreve Farago em seu artigo, os 35 anos cobertos pela mostra flagram “a ascensão de um fotógrafo ao topo de seu ofício, e em seguida a desintegração de quase tudo que ele ama”.

(…)

Li o texto de Farago pouco depois de terminar História(s) do Cinema, magnífico poema longo de Jean-Luc Godard lançado agora no Brasil pela Círculo de Poemas (192 págs., tradução de Zéfere). Há um parentesco entre a sugestão de obsolescência da mostra de Tillmans e as considerações explícitas do cineasta franco-suíço. A diferença é que o objeto em desintegração aqui não é a fotografia, e sim sua arte irmã, que também ajudou a moldar o imaginário do século 20.

Godard não está preocupado com cronologia, e sim com as características que tornaram o cinema culturalmente importante – as mesmas que, daria para dizer, hoje o põem em outro tempo e lugar. Há várias menções temáticas no poema –  clássicos sobre sexo, beleza e guerra, dirigidos por nomes que vão de Méliès a Spielberg –, mas tudo é submetido ao mesmo sentido de origem. Que é também um sentido de forma, aqui resumido no tom característico – um pouco solene, um pouco irônico – do autor: “O cinema não faz parte/ da indústria/ da comunicação/ nem da do espetáculo/ mas da indústria de cosméticos/ da indústria das máscaras/ que por sua vez é apenas/ uma pequena sucursal/ da indústria da mentira”.

História(s)… foi escrito nos anos 1990, e é curioso ler trechos assim na era das redes sociais. A indústria das máscaras continua forte como nunca, mas seu setor de ponta – o que dá mais dinheiro aproveitando a tecnologia mais avançada – foi deslocado para o celular. O que restou das velhas salas de projeção, onde multidões pagavam para ver conteúdo não-interativo numa tela grande, são sombras de um (outro) mundo extinto: nele havia “uma margem/ de indefinição” capaz de “negar/ o vazio/ e também o olhar/ do vazio sobre nós”, algo utópico no atual regime de estímulos incessantes.

Trechos de texto publicado no Valor Econômico, 9/12/22. Íntegra aqui.

Fim de semana

Um lugar em SP – Museu das Favelas.

Outro – Museu Catavento.

Uma exposição – Fotógrafas no Museu Judaico.

Um filme – Aftersun, Charlotte Wells.

Uma conversa – Ugo Giorgetti x Inacio Araújo (aqui).

Fim de semana

Uma entrevista – Pelé, 1997 (aqui).

Uma entrevista estranha – Volodimyr Zelensky para David Letterman.

Um documentário simpático – Dunas do Barato, Olívio Petit.

Um filme – A Mãe, Cristiano Brulan.

Uma nova edição – À Procura do Tempo Perdido, Marcel Proust (Companhia das Letras, 448 págs.).

Fim de semana

Um catálogo – To Look Without Fear, Wolfgang Tillmans (Moma, 320 págs.).

Uma série – The Defiant Ones.

Um filme com momentos –Triângulo da Tristeza, Ruben Östlund.

Outro – Titane, Julia Ducournau.

Outro – The Fabelmans, Steven Spielberg.

Fim de semana

Um filme – Racionais, Juliana Vicente.

Um podcast – Mano Brown + Júlio Lancellotti.

Outro – Carlos, Erasmo no Discoteca Básica.

Uma edição – Pai Contra Mãe, Machado de Assis (Cobogó, 150 págs.).

Um texto – Juliana Albuquerque sobre Michel Gherman (aqui).

Fim de semana

Uma reportagem – Elon Musk e o caos (aqui).

Uma entrevista de 1995 – Gal Costa (aqui).

Um ensaio – Um Estranho no Vilarejo, James Baldwin (Serrote #26).

Um posfácio – Nuno Ramos sobre Beckett em Murphy (Companhia das Letras, 272 págs.).

Um filme – Armageddon Time, James Gray.

Fim de semana

Um livro – PT, uma História, Celso Rocha de Barros (Companhia das Letras, 488 págs.).

Uma exposição – Cidades no IMS.

Uma reprise – Adeus à Linguagem, Jean-Luc Godard.

Um documentário ok – Basquiat: The Radiant Child, Tamra Davis.

Um single – Canção de Cansaço, Bruna Alimonda.

Fim de semana

Um show – Milton Nascimento, 80.

Uma série – Som na Faixa.

Um filme catártico – Argentina, 1985, Santiago Mitre.

Uma exposição – Mauro Restiffe e Juan Araujo, Luisa Strina.

Um livro – Quando as Espécies se Encontram, Donna Haraway (Ubu, 416 págs.).

Fim de semana

Um livro – O Não Judeu Judeu, Michel Gherman (Fósforo, 192 págs.).

Uma conversa – J. Hoberman, Claire Denis e Adam Shatz sobre Godard (aqui).

Um depoimento – Nei Lisboa sobre a carreira (aqui).

Outro – Daniel Pellizzari sobre o Século IV (aqui).

Um filme ocidental – Anna Karenina, Joe Wright.

Fim de semana

Um livro – História(s) do cinema, Jean-Luc Godard (Círculo de Poemas, 200 págs.).

Um filme meio over – Blonde, Andrew Dominik.

Uma série meio over – Dahmer.

Um texto – Camila Régis sobre abelhas (aqui).

Um texto com ressalvas – Ronaldo Lemos sobre pesquisas (aqui).

Fim de semana

Um romance – Debaixo do Vulcão, Malcolm Lowry (Alfaguara, 388 págs.).

Um disco de 2017 – Soft Sounds from Another Planet, Japanese Breakfast.

Uma conversa de 1983 – Jorge O Mourão, Nelson Motta e Scarlet Moon (aqui).

Um perfil – Jorge O Mourão por Claudio Leal (aqui).

Uma reportagem – A extrema direita e o PDT, por Marie Declercq (aqui).

Fim de semana

Uma exposição – Cidades americanas, Pinacoteca/SP.

Um filme – Memória, Apichatpong Weerasethakul.

Um artigo – Wolfgang Tillmans e um mundo que termina (aqui).

Outro – Mishima sobre Tanizaki (aqui).

Um romance – Diorama, Carol Bensimon (Companhia das Letras, 288 págs.).

Fim de semana

Uma reportagem – A Jovem Pan e o golpe, Ana Clara Costa (aqui).

Uma entrevista – Oliver Stuenkel e a China, Ilustríssima Conversa.

Um podcast – Stalin, História FM.

Uma reprise – O Veredito, Sidney Lumet.

Um livro – Noite no Paraíso, Lucia Berlin (Companhia das Letras, 300 págs.).

Fim de semana

Um filme – The Assistant, Kitty Green.

Um curta – Superbarroco, Renata Pinheiro.

Uma montagem no Sesc Pompeia – As Três Irmãs.

Um artigo – Rebbeca Bengal sobre Dare Wright (aqui).

Um livro – Do Transe à Vertigem, Rodrigo Nunes (Ubu, 208 págs.).

Fim de semana

Uma reportagem – O STF e o golpe, Marina Dias (aqui).

Um texto – Biden e o fracasso, Adam Tooze (aqui).

Uma série – Pacto Brutal, Tatiana Issa e Guto Barra.

Um média metragem – North Terminal, Lucrecia Martel.

Uma coletânea – A Escravidão na Poesia Brasileira, org. Alexei Bueno (Record, 714 págs.).

Fim de semana

Uma série – Gaslit.

Um artigo – Darshana Narayan sobre Yuval N Harari (aqui).

Uma conversa – Bob Fernandes e Raquel Rolnik (aqui).

Um documentário – This Much I Know to be True, Andrew Dominik.

Um livro – Os Devaneios do Caminhante Solitário, Rousseau (Edipro, 128 págs.).

Fim de semana

Um disco – Seven Psalms, Nick Cave.

Um filme – Crimes of the Future, David Cronenberg.

Uma série ok – Modern Love.

Uma entrevista – Leão Serva sobre guerra e imagens (aqui).

Um romance – Não Fossem as Sílabas do Sábado, Mariana Salomão Carrara (Todavia, 168 págs.).

Fim de semana

Um resumo – Roe vs. Wade no The Daily.

Uma peça – O poder do sim, David Hare (Temporal, 184 págs.).

Um filme – The Card Counter, Paul Schrader.

Um doc médio – Spielberg, Susan Lacy.

Uma série ok – Transparent.

Fim de semana

Um vídeo – A China e a vigilância (aqui).

Uma entrevista – Rodrigo Nunes e a esquerda (aqui).

Um depoimento – Aranha e o racismo (Piauí).

Um livro – O Corpo Crítico, Jean-Claude Bernardet (Companhia das Letras, 128 págs.).

Um filme bom, mas chato – Pleasure, Ninja Thyberg.

Fim de semana

Um filme – Ilusões Perdidas, Xavier Giannoli.

Um podcast – Discoteca Básica.

Um texto – Juliana Cunha sobre Paul Simon (aqui).

Outro – Thomas Meaney sobre Lea Ypi e a Albânia (aqui).

Um livro de 2007 – 20 Poemas para o seu Walkman, Marília Garcia (Sete Letras. 90 págs.)

Fim de semana

Uma exposição – Bispo do Rosário, Itaú Cultural.

Um evento – Feira do Livro, Pacaembu.

Um livro – Só Nós, Claudia Rankine (Todavia, 352 págs.).

Outro – Engenheiro Fantasma, Fabricio Corsaletti (Companhia das Letras, 128 págs.).

Um documentário – Cinema Novo, Eryk Rocha.

Fim de semana

Um depoimento – Brizola sobre golpes e história (aqui).

Uma coletânea de ensaios – Situando Jane Jacobs (Annablume, 320 págs.).

Um documentário – Hitler, uma Carreira, Joachim Fest e Christian Herrendoerfer.

Um filme médio sobre Lyndon B. Johnson – LBJ, Rob Reiner.

Outro – Bastidores da Guerra, John Frankenheimer.

Fim de semana

Um documentário – O Barato de Iacanga, Thiago Mattar.

Uma exposição no Sesc Pompeia – Amazônia, Sebastião Salgado

Uma série de reportagens na Piauí – Amazônia, João Moreira Salles.

Uma entrevista – Werner Herzog (aqui).

Um romanceBeatriz e o Poeta, Cristovão Tezza (Todavia, 188 págs.).

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