Michel Laub

Mês: novembro, 2013

Fim de semana

Um filme – Blue Jasmine, Woody Allen.

Um disco – Virgins, Tim Hecker.

Um romance brasileiro – Todos nós adorávamos caubóis, Carol Bensimon (Companhia das Letras, 192 págs.).

Outro – O drible, Sérgio Rodrigues (Companhia das Letras, 224 págs.).

Um japonês no Rio – Miako.

Egopress

– Nesta quarta, 27/11, às 19h30, participo do Encontros Literários na Biblioteca de Botafogo (Rua Farani, 53, Rio de Janeiro), projeto com curadoria de Marcelo Moutinho. Haverá um debate com Henrique Rodrigues e sessão de autógrafos do Maçã envenenada.

– Na próxima segunda, 2/12, às 19h30, em Curitiba, participo do grupo de leitura Conversa entre amigos, projeto de Marcelo Almeida que discutirá o Diário da queda. Será no Teatro Paulo Autran do Shopping Novo Batel (Cel. Dulcídio, 517).

Fukushima e Nescau geladinho

Há uns 15 anos era mais fácil manter a privacidade. O trânsito era melhor. Fukushima era só o nome de uma usina nuclear no Japão. Também era possível telefonar a um serviço qualquer de atendimento, de bancos a operadoras de cabo e telefonia, e não ser moído existencialmente por pedidos de autenticação, prolixidade dos menus e analfabetismo dos atendentes.

A tecnologia é o uso que se faz dela, e seus efeitos são experimentados apenas quando transcendem a pureza dos laboratórios. A pergunta é se a melhora que a ciência traz para o cotidiano, projetando nossa percepção do futuro, é uma constante. Num dos ensaios de Os Limites do Possível (Portfolio-Penguin), André Lara Resende toca no tema ao fazer um apanhado das teorias econômicas, históricas e culturais que justificam a noção moderna de otimismo.

Texto publicado na Folha de S.Paulo, 22/11/2013 (íntegra aqui).

Fim de semana

Um disco – Wild light, 65daysofstatic.

Uma exposição – Kubrick no MIS.

Uma piscina – AAAOC.

Um filme esquisito – O conselheiro do crime, Ridley Scott.

Um livro – In defense of flogging, Peter Moskos (Basic Books, 192 págs.).

Morrissey

Por volta de 1987, quando os Smiths eram minha banda estrangeira preferida, seu cantor e líder Morrissey atacou o então onipresente George Michael com uma frase que cito de cabeça: “Se ele experimentasse viver a minha vida por um minuto, correria até a árvore mais próxima e se enforcaria”. Talvez involuntariamente, as recém-lançadas memórias de Morrissey (Autobiography, Penguin Classics) tornam a declaração emblemática.

Texto publicado na Folha de S.Paulo, 8/11/13. Íntegra aqui.

Fim de semana

Uma exposição – William Kentridge na Pinacoteca.

Um livro difícil – Desejo, Elfriede Jelinek (Tordesilhas, 239 págs.).

Um filme meio fácil – O mordomo da casa branca, Lee Daniels.

Um festival – SP Burguer Fest.

Um disco – Reflektor, Arcade Fire

Sobre filmes x séries de TV

É quase unânime que as séries de TV reúnem hoje o que há de mais talentoso no setor audiovisual, ao menos no caso americano. E que mobilizam de forma rara o público de ficção, vide o barulho provocado pelo final de Breaking Bad. Não discordo, já que também me impressionei com o que vi de Mad Men, The Wire, Roma e da própria saga de Walter White. Apenas relativizo o discurso que vê nesses exemplos o fim do cinema como linguagem relevante.

Publicado na Folha de S.Paulo, 25/10/13. Íntegra aqui.

Fim de semana

Um livro – Conversas com Kubrick, Michel Ciment (Cosac Naify, 384 págs.).

Outro Autobiography, Morrissey (Penguin Classics, 480 págs.).

Um perfil – Norman Mailer na New Yorker.

Um disco – The unissued 1965 half note broadcasts, Wes Montgomery.

Outro – Lightning bolt, Pearl Jam.