O Rei de Jerusalém em alto-mar
Joseph Conrad em A linha de sombra (Hemus, 165 págs., tradução de Maria Antonia Von Acker):
“Havia momentos em que eu sentia não só que iria enlouquecer, mas que já tinha enlouquecido; de modo que não ousava abrir a boca por medo de me trair com algum grito insano. Felizmente só tinha ordens a dar, e uma ordem tem uma influência estabilizadora sobre aquele que a deve dar. Além do mais, o marinheiro, o oficial de quarto dentro de mim, estava suficientemente são. Eu era como um carpinteiro louco fazendo uma caixa. Por mais que ele estivesse convencido de ser o Rei de Jerusalém, uma caixa que ele fizesse seria uma caixa sã.”