Uma exposição no MASP – Gauguin.
Outra – Sheroanawe Hakihiiwe.
Um filme – Siberia, Abel Ferrara.
Uma última entrevista – Zé Celso a Claudio Leal (aqui).
Uma HQ – Gênero Queer, Maia Kobabe (Tinta da China, 240 págs.).
Logo no primeiro ensaio da coletânea The Moronic Inferno, de 1986 (Penguin, 208 págs), Martin Amis faz um longo comentário sobre nomes de personagens em romances de Saul Bellow. Para o autor, esse é um bom filtro para enxergar a graça, a profundidade e as ambições de determinada prosa – a visão de mundo que ela leva em si, sua capacidade de reagir ao “humor acidental” e à “poesia bizarra” da vida.
Eu diria que o trecho é um bom filtro para entender o próprio Amis, morto no mês passado aos 73 anos. As relações entre detalhe e conjunto, entre as pequenas escolhas de linguagem e os temas sociais, históricos e políticos em escala maior, pautou a carreira dessa figura grande e controversa das letras britânicas.
Trecho de texto publicado no Valor Econômico, 16/6/2021. Íntegra aqui.